No 'Fantástico', mulher do "caso Tio Paulo" chora após sair da prisão: "Monstro"

Conhecida por levar o tio morto para fazer um empréstimo no banco, Erika Souza apareceu em público pela primeira vez após deixar a prisão. Em uma entrevista ao Fantástico no domingo (5), ela desabafou sobre a dificuldade enfrentada nas últimas semanas, alegando mais uma vez que não havia percebido que Paulo Roberto Braga, que ficou conhecido como Tio Paulo, estava morto. 

Aos prantos, a mulher disse que não é esse "monstro" que as pessoas estão dizendo. “Eu não percebi que meu tio estava morto, eu não vi. Ele segurou na porta do carro, ele estava vivo”, garante a sobrinha de Paulo.

Em seguida, ela conta como foi na cadeia: “Foram dias horríveis, longe da minha família. Muito difícil o que eu vivi. Foi horrível”, destaca ela, que na sequência declara que nunca foi cuidadora do senhor. “Ele era independente, andava, fazia o que ele queria, tinha uma mente boa. Ele não era cadeirante e eu não era cuidadora dele. Nunca fui”.

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Erika também frisou que nunca foi a favor do empréstimo. “Eu não precisava do dinheiro, mas ele que quis. Nós sempre vivemos sem meu tio ter renda. Minha família que sempre ajudou ele. Ele só fazia um biscate aqui, capinava um quintal aqui, outro ali, mas não tinha uma renda fixa", explicou. 

Por fim, ela diz que os remédios podem ter influenciado para ela não se recordar direito o que houve. “Não sei se foi efeito do remédio que eu tinha tomado naquele dia. Eu tomava de vez em quando. Como eu faço tratamento, eu tomava Zolpidem, tomava mais do que devia”.

FAMÍLIA DEFENDE ERIKA SOUZA

Após levar o corpo do tio idoso para pegar um empréstimo no banco, Erika Souza Vieira Nunes recebeu a defesa da família durante uma reportagem do Fantástico que foi ao ar recentemente. Presa desde o ocorrido, ela teria sofrido agressões na cadeia e, de acordo com os familiares, tem problemas psiquiátricos.

Lucas Nunes do Santos, filho de Erika, revelou ao programa da Globo que os remédios que a mãe toma poderiam causar até alucinações, o que explicaria o comportamento dela. "A minha mãe vem passando por momentos difíceis, ela tem acompanhamento psicológico. Esse remédio (que ela toma) causava alucinações".

Em 2022, ela chegou a passar por um profissional da psiquiatria que pediu internação e revelaram que Erika é "dependente de sedativos", além de ter um caso grave de depressão que envolve até ideações suicidas.